sábado, 24 de julho de 2010

Ervas na Umbanda



Quando falamos em ervas na umbanda, logo nos vem a cabeça os banhos. É comum você ir se consultar com uma entidade ou orixá, e derepente ele lhe pedir um banho. Pode ser um banho de descarrego, ou simplesmente um outro que vai lhe ajudar na conquista de algo, ou na abertura de caminhos.

Mas não é somente nos banhos que as ervas são citadas não. As ervas podem ser usadas no benzimento, na entrada do congá, prá segurar algo ou afastar, nas garrafadas, e também na defumação.

Todo culto religioso na umbanda começa com os canticos as entidades e depois que a casa se prepara, vem a defumação, prá limpar e chamar as entidades para o trabalho, e a defumação também deve e pode ser feita com ervas.

Como dito, temos as garrafadas, remédios naturais que são feitos pelas entidades com auxilio de seus receptáculos. Também nesse ambito podemos citar os xaropes.


As ervas, são a representação do elemento ar e do povo da mata. No caso de Oxóssi, dos caboclos. Mas nada impede que outras entidades possam indicá-las ou usá-las em seus trabalhos. Dentre as mais conhecidas podemos citar a arruda, o guiné, a alfazema, o alecrim.

Todas são usadas para limpeza, mas podemos citar também as que são usadas para equilíbrio, ou ainda para determinado fim. Mas esse é um assunto para as proximar postagens, onde vamos falar sobre a divisão das ervas. Quente, fria e morna.

Até lá.

Por Ametista

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sincretismo



Como sabemos, a umbanda e o camdomblé são ramificações dos cultos africanos. E vieram para o Brasil com os escravos, um pouco depois da colonização de nosso país.
Os escravos foram arrancados a força de suas casas e famílias, e vieram para essas terras como substituição de mão de obra. Pois os índios não aceitavam o trabalho na fazenda, e eram muito arredios para prestar conta a um senhor de engenho. Portanto, os negros vieram para "tomar" seu lugar.
Embora sendo escravos, trouxeram com eles seus costumes. Mas o que não esperavam era que iam ser vítimas de grande preconceito em relação a isso, além do que já sofriam por serem negros e escravos. Realmente não era fácil.
Sendo o país colonizado por portugueses e católicos, não eram aceitos outros cultos que não o imposto por roma. Ou seja, a religião católica apostólica romana. e além disso, os negros também não podiam se divertir como haviam aprendido em sua terra mãe. Pois o jogo da capoeira também fora proibido. Sendo considerado um ato de extrema afronta aos senhores de engenho.
No Brasil, na época da coroa, período em que as riquezas naturais eram cada vez mais exploradas, eram construidas muitas igrejas, como forma de pagamento de promessa por graças alcançadas. E muitos dos negros que vieram da África trabalhavam e até morriam nessas minas, dada o extremo esforço de trabalho realizado por eles.
Resumindo: Tinham de trabalhar duro, se alimentavam em condições difíceis, e ainda não podiam praticar o culto religioso que aprenderam.
Que nada mais é que a forma encontrada pelos escravos de "enganarem" seus senhores a respeito da religião que praticavam. Sim, por que além das igrejas construídas para os fazendeiros, existia a que era destinada somente aos escravos, - Que geralmente tinha nossa senhora da conceição como "dona" do lugar - Pois não era de bem misturá-los ao convívio da nobreza. Pelo menos assim pensavam os nobres daquela época.
Embora indo às igrejas por mando de seus senhores, os escravos não deixavam de acreditar nos orixás e na grandeza divina dessa centelha. e portanto tinham seus meios de continuar o culto ensinado por seus pais em locais da natureza. Assim nasceu o sincretismo religioso. Onde, Santa Bárbara é Iansã, Õgum é São Jorge, Santa Ana, é Nanã, Nossa senhora da conceição é Oxum e Yemanjá. Sendo cada um deles cultuado em um dia da semana, tendo um prato específico como oferenda, uma cor de vela, um incenso, etc.
É todo esse rito seguido atualmente pelas casas de umbanda pelo mundo afora. Homenagear essa força divina que nos dá força diária pra garantir a vitória nas batalhas, a derrota dos nossos medos e o continuar na vida fazendo o o bem sem olhar a quem.

Salve o povo de aruanda!

Por ametista